19 abril 2010

Incertezas :s




Como é querer algo, mesmo mas mesmo muito, que não podes ter? Nunca pensei nisto, pois achava que o que eu já tinha é que era o essencial e que não queria mais nada (a não ser aqueles bens materiais que, bem, todos queremos, isso é natural do ser humano). Mas eis que ele apareceu… Assim, de rompante na minha vida… E eu não sabia mesmo o que era, nem o que seria, nem o que iria ser. Teria que descobrir aos poucos, algo que é péssimo para uma pessoa que sofre de impaciência.
De inicio, não havia nada, apenas éramos meros conhecidos. Mas fomos falando, de inicio poucas trocas de palavras, depois imensas. Até que passámos a amigos. A frequência das conversas diminuiu um pouco por SMS, mas pessoalmente eram muitas. Mas deixámos de ser SÓ amigos para passarmos a um nível diferente de Amizade que não consigo descrever totalmente. É qualquer coisa diferente, não sei explicar, não sei se o vocabulário de uma rapariga de 15 anos consegue completar descrições ou fazer qualquer tipo de texto extensivo sobre o tema. O facto é que começámos a ser e a interagir de maneira diferente um com o outro, mas de forma tão inconsciente que nem nos dávamos conta.
Foi tão repentino este sentimento. Não consigo saber ao certo onde começou ou se irá acabar. Nem sei se tu sentes o mesmo, pois tu, a maioria das vezes, és indecifrável. Há dias em que és uma caixa de surpresas, outros em que estás melancólico sem razão aparente. Sinto-me confusa e baralhada contigo. Dás-me a volta à cabeça e eu nem sei porquê. Ao mesmo tempo somos tão parecidos, e tão diferentes. Mas nunca entramos em desacordo. Compreendes-me mas eu, simplesmente não te consigo entender. Consegues ser meu num momento e de ninguém noutro. Não entendo. Não és perfeito, bem sei, mas para mim és único. O único. Gostava de passar muito mais tempo contigo, e eu tento, sabes bem :s Adorava ter a tua incapacidade de te expressares. Parece que torna as coisas muito mais fáceis. Às vezes, queria não saber falar. Assim, poderias entender-me melhor, porque a fala engana, mas os olhos, os gestos, não.
Parva fui eu, muitas vezes, quando não tinha a certeza, em que estávamos quase, quase e te afastava. Não sei o que me movia, se a prudência ou a incerteza. Agora, já não sei se queres ou não. Farta de incertezas :s